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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Marcela Hayashi: realizando um sonho

Marcela Hayashi  com a mamãe Suzi
Conversei sábado com a modelo Marcela Hayashi na La Fée Cafeteria, juntamente com sua mãe, Suzi. A modelo de 20 anos, que faz parte do cast da  Ford Models, nasceu em Tóquio, durante uma viagem de sua mãe ao Japão, a passeio. Veio criança para Indaiatuba, onde passou a infância e adolescência.
"Eu sempre sonhei em ser modelo, e entrei em diversas 'frias' tentando alcançar esse sonho", conta. Ela não cita nomes, mas eixou claro que várias dessas "roubadas" foram em Indaiatuba, com pessoas que ainda atuam nesse "mercado". A mãe diz que não era muito favorável ao projeto, preferindo que ela se dedicasse a outra coisa. "A Marcela tem um grande talento para fazer qualquer coisa, fez diversos cursos de artesanato e se saiu muito bem", relata Suzi. 

A grande chance aconteceu por acaso, quando Suzi estava fazendo compras na Pernambucanas local, e alguém sugeriu que ela inscrevesse Marcela no Concurso Faces, organizado anualmente pela rede de lojas. "Não queria muito que desse certo, então levei a foto que achava piorzinha dela", confessa a mãe. Mesmo assim, ela venceu a etapa local e foi avançando no concurso. Durante a etapa nacional, ela já foi selecionada pela Ford Models, e aí disseram que ela teria que perder 3 centímetros de quadril. Focada em perder medidas, Marcela começou a apresentar sintomas de distúrbio alimentares. "Nessa época houve várias trocas de bookers, e um deles chegou a me dizer que eu estava fora da agência", lembra. 
O composit de Marcela - na Ford ela é só Hayashi -
em frente e verso
Levando bronca da mãe e dos amigos por conta da alimentação e desanimada com a indefinição na agência, Marcela chegou a desistir de seu sonho. Até que, em meados dos ano passado, quando já estava na provecta idade (para modelos iniciantes) de 19 anos, recebeu uma ligação da nova booker da Ford, Ludmila. "Ela reviu o material antigo e perguntou porque eu não estava na agência. Ai eu falei um monte sobre o que tinha acontecido, ela pediu desculpas em nome da agência e disse que, se eu ainda estivesse interessada, para ir à São Paulo para uma nova entrevista", recorda.

Dessa vez foi tudo bem e ela se mudou para a Capital, onde divide um apartamento no Itaim com mais nove modelos. Já fez um editorial de moda para a a Capricho e participou de diversos castings. Com seu 1,70 metro, ela não tem altura para ser modelo fashion, então é classificada como modelo comercial, especializada em fotos e videos. "A gente tem que ter muito jogo de cintura", avalia. 

Uma das primeiras diferenças que ela percebeu atuando como modelo de uma agência importante em São Paulo é o profissionalismo. "A gente acha que uma sessão de fotos vai levar horas, mas eles terminam tudo rapidinho, sem enrolação". Outra diferença notável foi com os books fotográficos. "Eles cobram, no máximo, R$ 700, enquanto por aqui sai por mais de mil. Além disso, a modelo escolhe as fotos", explica.

Seu novo objetivo é trabalhar fora do Brasil, e já fez alguns castings internacionais. "É muito difícil uma modelo 'estourar' trabalhando só no Brasil. Tem que fazer sucesso lá fora para depois voltar para cá com nome feito", diz. Sobre o mercado mais óbvio, o Japão, ela diz que o curioso sobre o mercado em Tóquio é que lá faltam modelos orientais, porque as japonesas que fazem sucesso são logo "exportadas". "Por causa disso, procuram asiáticas em todos os lugares do mundo", revela.

Para Marcela, entrar para esse mundo novo aos 19 anos foi melhor que mais cedo. "Há muitas tentações nesse negócio, e, muitas vezes as garotas muito novas não tem cabeça para lidar com tudo isso", raciocina. Tanto é que nessa república de meninas bonitas ela é uma espécie de mãezona, por ser a mais velha. Segundo ela, cada uma come ou cozinha o que quer, e quando se quer comer fora, há diversos restaurantes que fazem permuta. Ou seja, pagam uma quantia mínima da conta apenas para "decorar o ambiente". Pergunto se os clientes não as abordam e ela diz que não, só os garçons. "Mas aí a a gente diz brincando que que não vamos pagar os 10% e eles param", diverte-se.

Uma atividade quase obrigatória para uma modelo é a academia, onde também há "permuta". Só que aí, os horários tem que ser alternativos, para não coincidir com os períodos de pico. "O novo booker até confere a lista de presença na academia", entrega.

Em sua nova vida glamurosa - quem acha que vida de modelo é cheia de festas e baladas, tem razão - Marcela só vem de vez em quando para Indaiatuba, para rever a mãe e matar as saudades dos amigos. Mas ela já adianta que suas colegas de apartamento estão loucas para vir para cá conhecer a Zoff Club, de que já ouviram falar (old good times..). Se e quando isso acontecer, vai ser, no mínimo, divertido de se ver.





1 comentários:

  1. A Marcela é lindíssima! Foi um enorme prazer poder ter fotografado com ela. Só ver o resultado nas fotos da matéria... rs
    Dou todo o apoio que eu puder para o sucesso dela!

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